terça-feira, 27 de outubro de 2009
Jantar 'Lisboa é Muita Gente'
Nesta quinta-feira realizaremos um jantar de associados e amigos da 'Lisboa é Muita Gente'. Vai ser o primeiro encontro pós-eleições.
O objectivo é falarmos sobre perspectivas de trabalho quer da Câmara, quer da nossa Associação.
É preciso que todos saibam: A associação cívica 'Lisboa é Muita Gente' tem um papel que vai para além destas ultimas eleições, em que ajudou António Costa a ganhar a presidência do município e o projecto UNIR LISBOA a vencer.
A nossa Associação irá, de forma cada vez mais organizada, acompanhar as políticas da cidade e o trabalho deste Executivo e desta Assembleia Municipal. Por outro lado, continuaremos a reflectir e a debater com outros a nossa Lisboa. Sem grandes pretensões, pensamos que podemos ser um instrumento importante para quem deseja contribuir para "uma cidade das pessoas".
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Pedalar, para fugir do preconceito
Ruben de Carvalho escreveu um artigo no "Expresso", no dia 17 de Outubro, dedicado inteiramente a desvalorizar, diria melhor, a denegrir o papel da bicicleta no sistema de mobilidade na cidade de Lisboa.
Uma semana depois do acto eleitoral e dos seus resultados em Lisboa, eis que o primeiro artigo de Ruben de Carvalho, sublinha-se aqui o primeiro, é dedicado, imagine-se, à bicicleta!
Agarrado aos preconceitos de sempre em torno das colinas, tece Ruben de Carvalho considerações várias sobre um meio de transporte que, para ele, nada significa (mas "é positivo", atenção) e que considera mesmo "...um erro absoluto pensar ou sequer insinuar que a bicicleta constitui mais do que um paliativo para o problema da mobilidade em Lisboa." Refere ainda que "o transporte por bicicleta nunca foi especialmente utilizado na nossa capital, ao contrário do que sucedeu noutros pontos do país". Diz ainda que a bicicleta "...se desenvolvera mais noutros países da Europa, onde as condições anteriores sempre foram mais favoráveis ao uso urbano da bicicleta".
Eis que, em meia dúzia de linhas, dois erros grosseiros são cometidos:
- O primeiro é assumir que a bicicleta não terá qualquer papel na melhoria da mobilidade.
Puro engano.
Em várias cidades do mundo desenvolvido, a bicicleta é um complemento activo do sistema de transportes, da mesma maneira que o é andar a pé. Anda-se a pé até à estação de metropolitano, se esta estiver até 1Km. E se estiver a 2 ou 3 Km? A bicicleta resolve esse hiato, evitando esperar por um autocarro ou levar o carro até lá.
E nas curtas distâncias? A bicicleta aí é competitiva e é mesmo o mais competitivo de todos os transportes, segundo dados de variadas fontes, designadamente publicações da Comissão Europeia, estimando-se que 30% da população na Área Metropolitana de Lisboa faça, por norma, curtas deslocações.
Assume Ruben de Carvalho que as bicicletas já não são o que foram (são agora mais leves, mais modernas, mais ágeis) e que a cidade cresceu para áreas planálticas.
Pois foi e é exactamente nessas áreas planálticas que a bicicleta sempre foi usada (vejam-se fotos de Benfica nos anos 40!). É nas áreas planálticas, entenda-se, simplificadamente, "do Saldanha para cima", que está concentrada uma parte substancial da população, bem como de inúmeros equipamentos colectivos geradores de tráfego.
E depois, entre planaltos, há vales onde se circula normalmente de bicicleta, alguns deles até ainda potenciais corredores verdes da cidade.
Em muitos casos, ao longo dos cabeços isso também acontece. Do Campo Mártires da Pátria ao Saldanha é praticamente plano. De Campo de Ourique a Campolide, idem.
Há muitas situações em que, de um planalto a outro, de uma linha de cumeada a outra, um viaduto (sim, um viaduto para peões e bicicletas, ou só se podem fazer pontes para carros?) torna imediato o até então impossível. A ponte sobre a Av. Gulbenkian, a futura ponte pedonal e ciclável ligando as Olaias a Chelas e aos Olivais, sempre à mesma cota ou a futura ponte sobre a 2ª circular tornando S. Domingos de Benfica e Telheiras a menos de 10 minutos a pé, são alguns exemplos.
- O segundo erro é o de que na Europa as condições sempre foram mais fáceis. Comparará Ruben de Carvalho o Inverno de Lisboa ao frio e à neve de Estocolmo, Copenhaga ou Berlim?
Comparará decerto as áreas planálticas de Lisboa às encostas a pique de várias cidades suíças, para não dizer alemãs, norueguesas ou suecas, com taxas notáveis de utilização da bicicleta?
Ou será a nortada estival de Lisboa ao verão escaldante de Sevilha?
O problema de Ruben de Carvalho foi o problema de Marcelo Rebelo de Sousa ou de Santana Lopes: preconceito e falta de informação, e ainda mais o primeiro que o segundo, o que é mais grave. O preconceito de que a bicicleta só serve ao pé do rio ao fim de semana, em calções; que a bicicleta só em ciclovias ou em trilhos em Monsanto e nunca "na Cidade". O preconceito de que Lisboa é toda aos altos e baixos. O preconceito de que nada se pode fazer intervencionado o espaço viário, retirando faixas de rodagem ou aumentando passeios. O preconceito de que "lá fora" é que sim, mas cá nunca.
Com o objectivo de defender os transportes públicos, que são realmente o centro para a solução da mobilidade, e todos o sabemos, usa-se mais uma vez o preconceito da bicicleta como arma de arremesso político (e não técnico) onde, fazendo confusões, generalizações apressadas e nalguns casos, claro, até insinuações.
Enfim, nada de novo a não ser caber no primeiro artigo pós-eleições!
Esperava-se mais, talvez.
Dá vontade de dizer: Lá fora sim, isto não pegava.
Fotografia retirada aqui.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Negócios sustentáveis
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Quero agradecer. Posso?
Por Duarte d´Araújo Mata,
Arquitecto paisagista
Eleito deputado municipal pelas listas Unir Lisboa
Neste último mandato fui deputado municipal, independente nas listas pelo Bloco de Esquerda entre 2005 e 2007, enquadrado na candidatura liderada por José Sá Fernandes.
O contexto da AML era diferente: maioria absoluta do PSD. Mas a Câmara Municipal foi até meados de 2007 também do PSD, tendo sido PSD/PP durante cerca de um ano.
Foi neste contexto que pude participar em acesas discussões e discutir propostas sobre variadas soluções para a gestão municipal. Foi nesta situação que pude ter conhecimento de que há muitas pessoas que sabem exercer os seus cargos com isenção, com elevação e com sentido de missão.
Falo neste caso da Drª. Paula Teixeira da Cruz.
Presidente da AML nestes 4 anos, desde cedo sobressaiu que as suas prioridades não eram pura estratégia política nacional, valorização pessoal mas sim os interesses da cidade de Lisboa.
Foi fácil de perceber, pela forma como defendia ou discordava das propostas, pela forma como tratava a Instituição Assembleia Municipal, os Munícipes que a ela se dirigiam ou os diferentes grupos políticos, e mesmo votando muitas vezes diferente da minha bancada, foi visível que a sua preocupação sempre foi Lisboa e os seus destinos.
E isso cada vez mais é o que interessa em política local.
Interessa quem é honesto, quem quer fazer coisas, quem gosta dos sítios para onde é eleito. Sem populismos, sem despesismos, sem loucuras.
Não me esqueço de que a Estrutura Verde da Cidade, de Gonçalo Ribeiro Telles, que começou a emergir este mandato através da construção de alguns dos seus corredores verdes, designadamente o Corredor Monsanto-Parque Eduardo VII, a ligação da Bela-Vista às Olaias, a Quinta da Granja, o Parque Periférico, o Corredor Verde Oriental ou o Corredor Ribeirinho, só foi possível porque em
De que interessaria votar contra uma proposta com a qual até se concorda? Por razões de estratégia partidária? Cada vez menos isso é aceitável.
A Drª. Paula Teixeira da Cruz não fez isso, e não fez isso após 2007 quando, por queda do executivo camarário e eleição de outro de sinal político contrário, a Assembleia Municipal precisava ao máximo de todo o empenho e seriedade para que a Cidade pudesse funcionar.
A Drª Paula Teixeira da Cruz defendeu nessa altura que não houvesse eleições intercalares para a Assembleia Municipal. Muitos discordaram. Eu discordei.
Mas, da sua parte, é justo reconhecer que se empenhou para que a Assembleia Municipal não servisse de argumento à paralisação da Cidade. Não foi por ela que muitas propostas foram chumbadas, muitas vezes às cegas ou até aprovadas por engano. Foram inúmeras as vezes em que decidiu, até sozinha, votar contra a sua bancada. Votou com a Cidade. E quando votou contra, também o fez pela Cidade, porque acreditava com certeza que era a posição adequada.
Foi uma lição sobre a forma como podemos sobrepor os interesses de Lisboa à lógica partidária e às estratégias eleitorais em condições muito difíceis.
A política ainda está pouco virada para lidar com estas atitudes e não trata bem que as toma.
E agora uma coisa é certa, não teremos em Lisboa a Drª. Paula Teixeira da Cruz.
E isso parece-me uma má notícia para a Cidade.
E por isso, neste momento, acho que é o mínimo agradecer-lhe o mandato como Presidente da Assembleia Municipal.
Muito Obrigado!
Obrigado a todos!
A todos os que acreditaram na candidatura Unir Lisboa, que acreditam no nosso programa, visão e estratégia para a nossa Cidade, muito obrigado pelo voto de confiança.
Agora temos quatro anos para cumprir com os nossos compromissos. Para cumprir com tudo aquilo a que nos propusemos e que a maioria considerou ser o melhor para Lisboa. Temos quatro anos para dar continuidade ao projecto apresentado em 2007 e que temos desenvolvido desde então.
Foram dois anos de muito trabalho e os próximos serão, certamente, ainda mais árduos.
Viva Lisboa!
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
No próximo domingo vamos Unir Lisboa
No próximo domingo é preciso votar nesta candidatura, para que o trabalho que foi desenvolvido nestes dois anos possa continuar.
Foto retirada aqui.
Na Quinta do Loureiro
Neste bairro há pelo menos três problemas que necessitam de resolução urgente por parte da Câmara: a piscina, há muito fechada sem condições de funcionamento; a limpeza urbana e a requalificação das zonas expectantes nas traseiras do bairro.
Este ano concluímos a importante requalificação da encosta do casal ventoso, mas, como pude ver ontem, ainda há trabalho a fazer.
Numa destas zonas expectantes um dos moradores decidiu arranjá-la, fazendo dali uma horta. É uma solução possível, interessante e que merece o meu apoio.
Afirmações pouco sérias
Entre 2002 e 2004 a Câmara vendeu:
2002- 188 fogos
2003- 285 fogos
2004 – 499 fogos
Mais um exemplo que demonstra o desnorte deste candidato!
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Jardim e miradouro do Torel
sábado, 3 de outubro de 2009
Jardim das "Francesinhas" (Lisboa Antiga)
Estão concluídas as obras de requalificação do jardim Lisboa Antiga, junto à Assembleia da República. Está de novo aberto para que todos o possam ir visitar.